segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


Saudade

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Nota: Para outros significados, veja Saudade (desambiguação).
Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular. "Saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro.


Saudade (1899), por Almeida Júnior.
Índice
Origem
Diz a lenda que o termo foi cunhado na época dos Descobrimentos portugueses e do Brasil colônia, quando esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.
Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana.

Etimologia
A origem etimológica das formas atuais "solidão", mais corrente e "solitude", forma poética, é o latim "solitudine" declinação de "solitudo, solitudinis", qualidade de "solus". Já os vocábulos "saúde, saudar, saudação, salutar, saludar" proveem da família "salute, salutatione, salutare", por vezes, dependendo do contexto, sinônimos de "salvar, salva, salvação" oriundos de "salvare, salvatione".
Na formação do termo "saudade", o vocábulo sofreu uma interfluência entre o estado de estar só, sentir-se solitário - oriundo de "solitarius" que por sua vez advem de "solitas, solitatis", possuidora da forma declinada "solitate" e suas variações luso-arcaicas como suidade - e a associação com o ato de receber e acalentar este sentimento traduzido com os termos oriundos de "salute e salutare", que na transição do latim para o português sofrem uma síncope e perde a letra interna l, simplesmente abandonada, enquanto o t não desaparece, mas passa a ser sonorizado como um d.
No caso das formas verbais, existe a apócope do e final. O termo saudade acabou por gerar derivados como a qualidade do "saudosismo" e seu adjetivo "saudosista" - apegado a ideias, usos, costumes passados, ou até mesmo aos princípios de um regime político decaído, e o termo adjetivo de forte carga semântica emocional, "saudoso" - que é aquele que produz o sentimento de saudade, podendo ser utilizado para entes falecidos, ou para substantivos abstratos como em "os saudosos tempos da mocidade", ou, ainda, não referente ao produtor, mas aquele que sente e que dá mostras de saudades.
Saudade e razão
A saudade é típica dos mamíferos sociais: ocorre entre semelhantes, como em tantos primatas, como na afeição dedicada ao homem no caso do cão. A saudade sugere a observação do conhecimento fundado na "imitação do outro" (como no caso do pássaro que transmite melodias de uma geração para outra com fidelidade) e está "... permanentemente sob a ação de vozes internas, impregnados de palavras, constantemente submetidos a discursos mentais cuja textura linguística é impressa por nossos pais quando aprendemos a falar".[3]
A distância, ou afastamento de quem se ama pode provocar efeitos psicológicos no organismo e desencadear reações que vão da sensação de angústia até o desenvolvimento de um quadro depressivo.[4]
Em 2009, estudos e experiências de separação em animais e humanos exibiram resultados que "indicam uma ligação específica entre separação e aumento do cortisol" e sugerem a possibilidade de desenvolver-se uma droga que promova o bloqueio do hormônio causador da saudade e ajude as pessoas durante a separação ou ausência do objeto de amor.[4]
Mais
Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução[5].
Pode-se sentir saudade de muita coisa:
  • de alguém falecido.
  • de alguém que amamos e está longe ou ausente.
  • de um amigo querido.
  • de alguém ou algo que não vemos há imenso tempo.
  • de alguém com quem não conversamos há muito tempo.
  • de sítios (lugares).
  • de alguém conhecido ou um colega.
  • de comida.
  • de uma música.
  • de situações.
  • de um amor.
  • de se fazer algo que há muito não se faz.
  • do tempo que passou...
A expressão "matar a saudade" (ou "matar saudades") é usada para designar o desaparecimento (mesmo temporário) desse sentimento. É possível "matar a saudade" relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o assunto, reencontrando a pessoa que estava longe etc. "Mandar saudades", por exemplo no sul de Portugal, significa o mesmo que mandar cumprimentos.

A saudade pode gerar sentimento de angústia, nostalgia e tristeza, e quando "matamos a saudade" geralmente sentimos alegria.

A saudade pode vir de várias formas, muitas vezes sentimos saudades de pessoas que nem conhecemos pessoalmente, mas que são essenciais pra nossa vida! Dedicado ao Meu Amor que tem sido motivo de saudade todos os meus dias: Mundola Cavalcante' (Soares, Geniane 2012).

Em Portugal, o Fado, oriundo do latim "fatum", destino, está directamente associado com este sentimento. Do mesmo modo, a sodade cabo-verdiana está intimamente ligada ao género musical da morna. No Brasil, esse sentimento está muito retratado no samba de fossa e na bossa nova.

Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Arquivos acadêmicos para ajudar na elaboração do seu TCC

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O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa: http://www.4shared.com/document/8gxbtTRn/O_tradutor_e_intrprete_de_lngu.html

Declaração de Salamanca: http://www.4shared.com/document/9j5P011v/Declarao_de_Salamanca.html

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes - ONU:
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Convenção da Onu sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: http://www.4shared.com/document/O7scq878/Conveno_da_ONU_sobre_os_direit.html

Apostila de Libras:
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Saberes e Práticas da Inclusão - Alunos Surdos:
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Expectativas da Aprendizagem - Educação Infantil e Ensino Fundamental - Libras:
http://www.4shared.com/document/E9o9qR6S/Expectativas_da_Aprendizagem_E.html

Expectativas da Aprendizagem - Língua Portuguesa para Surdos: http://www.4shared.com/document/7EewO4Wc/Expectativas_da_Aprendizagem_L.html

Dicas de Relacionamento:
http://www.4shared.com/document/CCzR4n2w/Dicas_de_Relacionamento.html

Acessibilidade - Direito das Pessoas com Deficiência ou com Mobilidade Reduzida:
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domingo, 31 de janeiro de 2010

Uma análise sobre o "currículo" ao qual fui exposto durante minha escolarização

Cursei o ensino fundamental nos anos 80. Naquela época, a aprendizagem era baseada na memorização, termo vulgarmente conhecido como "decoreba", que se tornou meu algoz na educação, pois o método tradicional vigorou durante toda minha escolarização. O modelo oferecia bons resultados nas áreas da alfabetização e do letramento, mas pecava pelo excesso de zelo. As provas objetivas exigiam que os alunos reproduzissem as disciplinas com a mesma fidelidade do conteúdo exposto em sala de aula. Era um tanto opressor!
Apesar do privilégio de ser matriculado num colégio particular, eu não estudava com motivação, pois o tradicionalismo permeava todos os sistemas de ensino do país.
Por causa disto, tive poucos professores memoráveis. Alguns, sequer são lembrados pelo próprio inconsciente. Outros conseguiram uma certa imortalidade nas fotografias analógicas em tamanho "20x30", que ainda guardo em alguns dos armário em casa.
As disciplinas de português e matemática eram extremamente valorizadas, ocupando uma enorme carga horária semanal. Às outras, restavam uma acirrada disputa por um pequeno espaço de tempo para completar a grade curricular, fenômeno semelhante aos horários destinados à propaganda eleitoral, onde os partidos considerados "nanicos" disputam míseras aparições em rede nacional, em descompasso com os partidos de alto escalão.
A prática das “decorebas” era estimulada pelos próprios professores. As avaliações consistiam, quase sempre, em cópias de questionários já aplicados durante as aulas. Esse tipo de prova desencadeava uma "corrida maluca" por parte dos alunos rumo à memorização das questões, à exaustão. Para obter nota, bastava simplesmente “decorar” o necessário.O currículo, por sua vez, não considerava muito disciplinas como Educação Artística, cuja carga horária era tão desprezível que tornava difícil a compreensão de certos eventos e expressões, tais como a "Semana da Arte Moderna" e “Cubismo".
No geral, tudo era muito distante da realidade do aluno.
Na literatura, as coisas eram ainda piores. As aulas eram desinteressantes, influenciavam ainda mais a dispersão dos alunos. Confesso que tive algum interesse pelo "realismo", mas reconheço que não gostei de José de Alencar. Acho que o conheci cedo demais (5ª série). A presença do escritor só deveria ocorrer a partir do ensino médio. Que os poetas me perdoem, mas nunca me fascinei pela "virgem dos lábios de mel".
Enfim, na escola, a aprendizagem era chata, pesada e tediosa.
O mal estava instalado até na educação física. Os exercícios de aquecimento pareciam penitências contra recrutas militares.
Já, no ensino médio, as coisas avançaram. Mudei de escola, que também era particular. Livrei-me de OSPB e de Educação Moral e Cívica. Esta última, só tinha "blá-blá-blá". Em novo ambiente, pude conhecer professores que exerciam a carreira de forma mais fascinante. Apesar do modelo tradicional ainda existir, os professores incrementavam suas aulas com seus currículos ocultos e práticas bem mais elaboradas. Ensinavam os "porquês" dos conteúdos, deixando os alunos bem mais interessados.
Devo reconhecer que foi o modelo tradicional que me alfabetizou. Tive também um bom letramento, que repercutiu na minha carreira profissional em função de aprovação em concurso público. Sabe-se que a língua portuguesa é requisito eliminatório em qualquer certame no território nacional.
Entretanto, o desenvolvimento de senso crítico reflexivo ocorreu mediante meus próprios questionamentos, bem como pela minha busca desenfreada por respostas. Nos horários de folga, eu costumava assistir não apenas a desenhos animados, mas também telejornais e documentários. Também lia revistas sobre música e carros, jornais "cultos" e "incultos” (populares), e tablóides de sindicatos.
A música também contribuiu muito para formação dos meus conceitos. Aos quinze anos, já desbravava a galeria do rock de São Paulo, onde o “compact disc” (CD) ainda não havia desembarcado. Comprava muitos discos. Curtia muitas bandas que tinham apelo social em suas canções. Sempre que possível, comprava revistas de letras traduzidas. Através da banda U2, descobri a existência de um conflito religioso na Irlanda. Com Roger Waters, do Pink Floyd, pude compreender as críticas que fazia à repressão exercida pela sociedade britânica sobre a juventude. Dos tupiniquins, eu admirava Cazuza e Legião Urbana. Eles me situavam no contexto político da época. Era muita aprendizagem. Já na escola...
Enfim, quando terminei o ensino médio, percebi que o currículo pouco acrescentou à formação dos meus conceitos. Eu me formei à base de fórmulas e equações pré-estabelecidas.
Partindo-se do pressuposto que falar em currículo é pensar a educação, a questão dos conteúdos sempre deverá ser discutida, a fim de preparar os alunos, de fato, para a vida.